Ricardo Carvalho, da CNPCJR, que ontem divulgou a actividade
deste organismo, disse ser "significativo" o número de processos reabertos e a reincidência, que aumentou 33,5%, para 1300. Alertou também para a situação das 28 103 crianças que foram acompanhadas, pela primeira vez, pelos técnicos das comissões.
Vasco Prazeres, representante do Ministério da Saúde na CNPCJR, afirmou que as unidades de saúde encaminham menos casos para as comissões porque "aumentam as respostas aos casos de risco" que identificam. O presidente da Academia das Ciências, Adriano Moreira, sublinhou no encontro com os representantes das comissões, que decorreu no Cinema São Jorge, em Lisboa, que "Portugal está na pobreza", problema que, adiantou, "tende a aumentar e já atravessou as fronteiras do Mediterrâneo".
Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco, referiu que o reforço da parceria com outras entidades é fundamental. "É importante que os estabelecimentos de ensino, as unidades de saúde e as autoridades policiais sinalizem os casos em que as crianças estão em risco", afirmou. O responsável admitiu que as comissões têm dificuldades de meios, apesar do aumento do apoio dos meios técnicos com que trabalham. "A maioria das pessoas que trabalham nas comissões está a tempo parcial e seria importante atribuir mais tempo." Segundo Armando Leandro, o primeiro objectivo é apoiar as famílias para "recuperar" uma parentalidade positiva.
Fonte: Correio da Manhã
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